Sexta-feira, 6 Dezembro

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta sexta-feira (18), que não estará presente na cúpula do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro, no próximo mês de novembro. A declaração foi feita após a Ucrânia pedir ao Brasil a prisão do presidente russo, em possível de visita ao país.

Vladimir Putin justificou em declaração, que sua visita “prejudicaria o trabalho do G20”. Após o procurador-geral da ucraniano enviar pedido de mandado de prisão ao Brasil, contra Vladimir Putin, expedido, março do ano passado, pelo Tribunal Penal Internacional (TPI),

“Minha possível visita prejudicaria o trabalho do G20. Vamos descobrir quem apresentará a Rússia”.

Vladimir Putin

Putin afirma, que não reconhece o Tribunal Penal Internacional, conforme a posição oficial do Kremlin. Ele ainda ressaltou que tem “boas relações com o Brasil” e um possível acordo contornaria o veredito, já que, segundo ele “são fáceis de ignorar”.

Em coletiva da cúpula do BRICS, ele ainda mencionou um relatório que indica a existência de um suposto arsenal nuclear na Ucrânia, o que ele considerou como “uma provocação muito perigosa”.

Pedido de prisão

O Tribunal Penal Internacional (TPI), emitiu, em março de 2023, um mandado de prisão contra Putin, sob a acusação de crime de guerra de deportação de crianças, após a Ucrânia ser invadida pela Rússia.

Putin negou as acusações de crime de guerra e o Kremlin considerou o mandado do TPI, como “nulo e sem efeito”.

O procurador-geral da Ucrânia, reiterou em entrevista à Reuters que é uma obrigação das autoridades brasileiras, como Estado-parte do Estatuto de Roma, prendê-lo se ele ousar visitá-lo.”

E continuou:

Espero sinceramente que o Brasil o prenda, reafirmando sua condição de democracia e de Estado de Direito. Se isso não for feito, corre-se o risco de se criar um precedente no qual os líderes acusados de crimes podem viajar impunemente”, disse Andriy Kostin.