Em Brasília, a CPI da Pandemia não tampa os olhos diante do caos instalado e vai pedir o indiciamento do governo Wilson Lima pela crise do oxigênio durante a pandemia de Covid-19 que ocasionou a morte de dezenas de pessoas. Os trabalhos da Comissão foram prorrogados por mais 90 dias e segue investigando a omissão dos governantes.

CPI
Segundo informações do Senado Federal, os senadores da CPI da Pandemia já chegaram a conclusão sobre a responsabilidade e omissão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pela falta de oxigênio no Amazonas e vai pedir o indiciamento do gestor do Estado. Para o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a crise no estado é fato determinado nas investigações. Além de Lima, o ex-secretário da saúde, Marcellus Campêlo e outros, serão indiciados.

Crise
Considerado a maior tragédia no país durante a pandemia, a crise do oxigênio no Amazonas foi a motivação para a instauração da CPI no Senado. No dia 14 de janeiro deste ano, pacientes morreram sufocados em unidades de saúde da capital e interior pela falta de oxigênio na rede hospitalar. “Sobre o Amazonas já tem a conclusão dos personagens que devem constar no relatório final da CPI para serem indiciados, obviamente a CPI tem poderes limitados em relação as autoridades locais”, falou o vice-presidente da CPI.

Encerrado
Durante a apresentação do relatório, o vice-presidente da CPI informou que está encerrada as oitivas e diligências envolvendo o Amazonas. Entre os senadores, há uma rara unanimidade entre os governistas e o grupo dos senadores de oposição e independentes sobre a responsabilização de Wilson Lima.

Prorrogação
Nesta quarta-feira (14), a CPI da Pandemia foi prorrogada por mais 90 dias de investigação sobre as falhas do governo federal e de governos estaduais na gestão do combate à pandemia de Covid-19. Os trabalhos seguem até o mês de outubro.

Amazonas
Na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), a CPI da Asfixia que tem o objetivo de investigar a crise do oxigênio e os contratos realizados durante a pandemia de Covid-19, ainda não foi instaurada por não alcançar as oito assinaturas necessárias dos deputados estaduais.

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