Nesta semana, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) solicitou a transferência do aparelho ‘Guardião’ – que possibilita a quebra de sigilo telemático – da sede da Secretaria de Inteligência do Amazonas (Seai) para a Polícia Civil. A decisão veio após a deflagração da Operação Garimpo Urbano que investiga o uso da estrutura da Seai para monitoramento e abordagem de transportadores de ouro com o objetivo de subtrair o metal.

A recomendação da Promotora de Justiça, Marcelle Cristine de Figueiredo Arruda para a transferência do sistema de interceptação Guardião e do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro da Secretaria de Segurança para uma delegacia de Polícia Civil, não elimina os riscos apresentados que é aumentar o controle sobre o equipamento, sendo que em uma delegacia, os plantões são constantes, com um fluxo maior de entrada e saída.

A respeito do Guardião, poderosa arma de espionagem do Governo do Amazonas, o mesmo nunca foi auditado pelos órgãos de controle. O que foi comprovado pelo uso dele por membros da Seai, envolvendo inclusive o ex-secretário Samir Freire, para interceptação de ouro, causando prejuízo milionários aos garimpeiros e colocando em cheque o nome da corporação policial.

O pedido de auditoria foi realizado também por deputados estaduais, que acreditam que seus números pessoais estão grampeados, sem um pedido judicial, o monitoramento dos parlamentares é ilegal pelo ‘Guardião’.

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