Refeição com barata, sobremesa estragada, suco quente, comida vencida e milhões do dinheiro público que se transformaram em alimento podre nas bandejas de servidores, pacientes e acompanhantes das unidades de Saúde de Roraima administradas pela Sesau, sob comando da secretária Cecília Lorenzon.
É o que diz o Ministério Público e um grupo de nutricionistas independente que entrou nas cozinhas e viu a forma desumana como a alimentação que custa milhões ao contribuinte é comprada, preparada e servida a trabalhadores e pessoas doentes.
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Em maio deste ano a Meio Dia Refeições, que ganhou contrato de R$ 35 milhões com a Sesau para servir as refeições foi alvo do primeiro escândalo. Foram encontradas na comida servida pela empresa com larva, grampos e até baratas.
A manipulação insalubre resultou na saída da Meio Dia, mas não foi o fim do problema. A ISM Gomes de Mattos entrou no lugar por R$ 19 milhões e repetiu a prática.
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De julho a outubro uma equipe de nutricionistas constatou que alimentação vencida, iogurte fora do prazo de validade e até suco quente faziam parte do cardápio. No Hospital Geral de Roraima, as baratas transitavam pela cozinha.
Comida sem qualidade, frango da pior marca e pão só com manteiga, entraram na lista do banquete indigesto da Sesau, que alega fiscalizar a alimentação e cobrar melhorias da empresa.