Aos menos 50 funcionários demitidos da empresa Mais Vida estão denunciando calote em Roraima, após trabalharem prestando serviços para a Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau). Sem emprego, sem os direitos trabalhistas e sem resposta, eles cobram a secretária Cecília Lorenzon, o marido dela, Wilson Fernando Basso, e o procurador da empresa, Valdan Barros.
Valdan é procurador da Mais Vida e da UP Med, empresa do marido de Cecília. Os funcionários desconfiam que um desentendimento entre os três paralisou os repasses do dinheiro do Governo de Roraima para a Mais Vida.
Milhões
A Mais Vida, com sede em Brasília, venceu uma licitação de R$ 2 milhões na Sesau para prestar serviços de gestão de documentos relacionados a faturamento SUS nas unidades hospitalares de Roraima.
Agora, comunicou aos funcionários que a Sesau não precisa mais deles, e que não tem dinheiro para pagar os direitos dos demitidos, contrariando fala de um dos diretores, que já havia dito aos funcionários que a empresa presta serviços em outros estados e tem, sim, dinheiro em caixa.
Um funcionário ouvido por nossa reportagem, disse que a situação das famílias é insustentável, precária e de abandono, após meses de trabalho, e, agora, sem direito a nada.
A empresa foi denunciada no TCE, gerando multa sobre Cecília, que foi condenada por não repassar as informações pedidas pelo Tribunal de Contas do Estado sobre esse contrato, suspeito de irregularidades em pagamentos.
Sem receber e sem resposta, a única certeza dos funcionários é que nem a Sesau, nem a Mais Vida apresentam preocupação com a situação de penúria dos trabalhadores.
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