Sob vaias da população, os vereadores da Câmara Municipal de Borba decidiram nesta quarta-feira (16), pela maioria dos votos, manter o mandato do prefeito do município afastado Simão Peixoto. A votação teve quatro votos contra, três a favor e duas abstenções.
O processo de cassação teve início em junho, quando os vereadores aprovaram com 7 votos, a denúncia de quebra de decoro parlamentar. Na decisão desta quarta-feira, de acordo com os vereadores, o relatório do processo não apresentou provas concretas para a cassação do mandato.
Simão Peixoto foi preso em 23 de maio deste ano durante a Operação Garrote, do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), suspeito de fazer parte de uma quadrilha que fraudava licitações, com desvios de R$ 29 milhões. Ele já havia sido preso anteriormente após ameaçar a vereadora Enfermeira Tatiana, que votou a favor da cassação.
A defesa de Peixoto afirmou que não havia provas para incriminá-lo. “Não há provas das acusações e a comissão processante não foi diligente.” Os advogados também apontaram suposta fraude nos documentos envolvendo assinaturas.
Com a decisão dos vereadores, o processo foi declarado arquivado.
