Após o caos do oxigênio, o Amazonas foi manchete nacional com a onda de violência e pânico após a morte de um líder criminoso no primeiro semestre. Em retaliação, a organização criminosa realizou diversos ataques na capital e nos municípios do interior. A cúpula do Governo do Amazonas, sem conseguir controlar o caos de insegurança, teve que solicitar ajuda da Força Nacional do Governo Federal contra os ataques terroristas. Uma pesquisa mostrou que apesar dos estados brasileiros registrarem uma queda nas mortes violentas, o Amazonas registrou aumentos de 35,6%, sendo a segundo maior alto do país.

Onda de terror

Nas primeiras horas do domingo, dia 6 de junho, cerca de 16 veículos, entre ambulâncias e viaturas, foram incendiados em retaliação à morte de um traficante em Manaus. Na época, uma suposta carta da organização relatava que a morte do líder era de responsabilidade da secretaria de segurança pública. Também foram registrados ataques no interior do Amazonas em escolas, unidades de saúde e espaços públicos. Com o descontrole da segurança, a cúpula do Governo do Amazonas pediu auxílio do Governo Federal que enviou a Força Nacional para controlar os ataques.

Inspeção técnica

Após as horas de terror vividas pelos amazonenses, no início do mês de julho, o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) realizou inspeção técnica em diversas unidades policiais, analisando o efetivo de policiais e as condições de trabalho, constatando o baixo efetivo de servidores para o bom funcionamento das unidades e o atendimentos das demandas da sociedade. O MP-AM recomendou que o Governo do Amazonas realizasse concurso na área da segurança pública para a polícia civil e militar. O MP-AM emitiu um prazo de 30 dias para que a Secretaria de Segurança e o Governo do Amazonas, sinalizassem a respeito da recomendação.

Propaganda milagrosa

Com a propaganda “Amazonas mais seguro”, o governador do Amazonas Wilson Lima, anunciou no dia 8 de julho, dentro do prazo estipulado pelo MP-AM, a abertura de concurso público para a polícia com mais de 2,5 mil vagas. No mesmo dia, Lima disse que vai reestruturar a segurança pública, inclusive com um novo prédio para o batalhão das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), reforma de unidades policiais da PM e PC do interior. Ainda não há uma data marcada para o concurso público.

Violência

Nos últimos dias, uma pesquisa divulgada pelo Monitor da Violência aponta o Amazonas como um dos dois estados que registraram um aumento na quantidade de crimes violentos no primeiro semestre. De janeiro a junho, o Estado registrou 625 casos, enquanto no mesmo período do ano passado, foram 461 casos registrados. Representando um aumento de 35,5% em crimes como homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. O segundo Estado que registrou aumento foi Roraima.

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