O deputado Dermilson Chagas (sem partido) criticou, na manhã desta quarta-feira (14), a forma como a Segurança Pública do Estado vem sendo conduzida de forma improvisada pela atual gestão do Governo do Amazonas. O parlamentar, que ouviu na terça-feira (13), o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, disse que tudo o que ele respondeu na reunião confirma claramente que há falta de investimento em efetivo, em equipamentos, em armamento e, sobretudo, de planejamento global e coordenado na capital, no interior e nas regiões de fronteira que possa trazer segurança para todo o Estado do Amazonas.

“Eu perguntei e ele afirmou que não tem efetivo, munição, armas e planejamento nenhum, somente ideias que poderão ou não ser futuramente implementadas. Eu perguntei sobre os fatos que ocorreram na última sexta-feira (09/7) que levaram à prisão do secretário executivo adjunto de Inteligência e ele disse que o Guardião nunca foi auditado pelo Ministério Público do Estado na atual gestão, mesmo tendo dois deputados fazendo uma denúncia ao órgão sobre monitoramento ilegal de telefones de deputados e pedindo providências para fazer uma auditoria no Guardião. Isso é preocupante porque percebemos o descaso com as ferramentas que são muito poderosas, como o Guardião, e que podem investigar e ouvir qualquer cidadão de bem”, disse o parlamentar.

Dermilson Chagas disse ainda que espera que o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que conduziu a Operação Garimpo Urbano e que resultou na apreensão do Guardião, analise atentamente para saber se há autoridades que estão sendo monitoradas e que seja descoberto o motivo pelo qual estão sendo monitoradas. “Precisamos saber se há investigação e qual o número desse processo, e também em que momento aconteceu isso. Não podemos ficar à mercê de uma pessoa que mostra os indícios apontados pelo Gaeco que tem uma relação com a criminalidade”, avaliou o deputado.

Inconsistência nas respostas

O deputado afirmou que o secretário de Segurança Pública deu respostas inconsistentes sobre várias situações graves que comprometeram gravemente a segurança pública no Amazonas, tanto na capital quanto no interior, como rebeliões em presídios do estado, chacinas em Manaus e em Tabatinga (distante 1.108 km de Manaus em linha reta) e ações de vandalismo promovidas por facções criminosas. De acordo com o deputado, Louismar Bonates não soube responder o trivial, portanto dando a entender que a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) não possui de fato um planejamento estratégico e age de forma improvisada aos ataques do crime organizado.

“Fiz questionamentos também em relação ao que aconteceu na penitenciária na gestão do Bonates e ele disse que o aconteceu lá é uma questão para doutorado, que ele não consegue nem explicar”, relatou o deputado.

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