Sábado, 13 Setembro

O prefeito de Borba, Simão Peixoto (MDB), foi preso nesta terça-feira (9), e voltou voltou a ser afastado do cargo, por 180 dias, durante operação da Polícia Federal nesta terça-feira(9). Simão é suspeito de manipular testemunhas em uma investigação que apura desvios de recursos públicos destinados à compra de merenda escolar no ano de 2020, durante a pandemia do COVID-19.

O prefeito esteve preso entre maio e julho de 2023, após a PF deflagara a Operação Garrote. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) investigava suspeitas de fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva, na compra de kits de merenda escolar com ausência de carne, de charque, ou com quantidade muito reduzida das proteínas.

Nesta terça-feira, ocorreram novas diligências para coletar provas, em Borba e Manaus, sobre o esquema que ainda tem indícios de falsificação nos recibos de entrega e de possíveis pagamentos sem comprovação documental.

A PF explicou que a medida de prisão preventiva e o novo afastamento do prefeito resultam de evidências de que Simão Peixoto conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados a prestar esclarecimentos sobre a investigação.

“Neste encontro, o prefeito teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela Prefeitura, o que poderia representar uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas. Embora possa ser interpretada como um gesto de auxílio, esta ação cria um ambiente propício para que os servidores se sintam pressionados a adaptar seus depoimentos aos interesses do investigado, comprometendo potencialmente a integridade e a credibilidade das investigações em curso”, explicou a PF no Amazonas.