Adriana da Cunha Cidade, prima do deputado e presidente da ALEAM Roberto Cidade (UNIÃO), surge como um sexto nome investigado pela Polícia Federal (PF), após escândalo envolvendo membros da alta cúpula do Governo do Amazonas, além de policiais militares, que se reuniram na casa dela, em Parintins, com o objetivo de discutir planos e estratégias políticas que visavam interferir nas eleições daquela cidade.
Adriana é proprietária da casa utilizada para a reunião dos secretários de Estado, conforme título definitivo divulgado com exclusividade pelo Núcleo de Investigação do Portal Alex Braga.
A operação ‘Tupinambaranda Liberta’, que investiga Adriana Cidade, para a qual ela deve depor nas próximas horas, visa combater corrupção eleitoral, atos antidemocráticos e associação criminosa em Parintins.
Na manhã desta quinta-feira (03), a Polícia Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra ex-secretários, ex-diretor de estatal e oficiais da Polícia Militar do Amazonas, em condomínios de luxo em Manaus.
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Além das investigações, foram determinados alguns afastamentos dentro da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), entre elas a do tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, que ocupava o cargo de Comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, que atuava na Companhia de Operações Especiais (COE). Os militares foram foram remanejados para cargos administrativos dentro da corporação enquanto aguardam o andamento das investigações.
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Relembre o caso
Os ex-secretários Fabrício Rogério Barbosa (SEAD), Marcos Apolo Muniz de Araújo (Cultura e Economia Criativa), e o ex-diretor da Cosama, Armando do Vale, exonerados na noite de ontem (02), se reuniram no dia 03 de agosto deste ano com o secretário Flávio Antony (Casa Civil) e outras autoridades e agentes de segurança pública na casa de Vanderlei Alvino (Diretor-Presidente do Idam), este casado com Adriana Cidade, prima de Roberto Cidade, para discutir estratégias que configuraram um suposto conluio contendo até escutas clandestinas e simulações de prisões a fim de favorecer a candidatura de Brena Dianná (União).
As táticas mencionadas incluem a instalação de grampos telefônicos em opositores e o uso de uma tropa de choque para realizar abordagens seletivas no dia da eleição, com o uso de 28 homens da tropa de choque para abordar os partidários do candidato da oposição Mateus Assayag (PSD).