A semana será decisiva para a federação formada pelo PT, PcdoB e PV no projeto de disputa pela Prefeitura de Manaus.
Na terça-feira (7), dirigentes dos três partidos terão uma reunião para confirmar oficialmente o nome que irá representar a candidatura a prefeito da federação.
Por hora, reivindicam a missão Marcelo Ramos, pelo PT, e Eron Bezerra, pelo PCdoB.
Questionado se a demora na decisão não acaba prejudicando a pré-campanha do grupo, uma vez que os adversários já estão em plena atividade na cidade, Marcelo disse que é da natureza dos partidos de esquerda o respeito pelo debate antes de decisões importantes.
No entanto, Marcelo concordou que é preciso apressar essa decisão, o que deve ocorrer na reunião de terça-feira. “Temos consciência de que precisamos tomar a decisão o mais rápido possível”, disse o pré-candidato do PT em coletiva após uma reunião com a direção do PCdoB no fim de semana.
O presidente de honra do PCdoB, Eron Bezerra, afirmou que essa decisão precisa ser tomada o mais rápido possível para que o pré-candidato ganhe musculatura nessa fase de pré-campanha, considerando o tempo reduzido da campanha eleitoral oficial.
“Todos nós temos consciência que, seja eu o candidato, seja o Marcelo, não podemos esperar as convenções, porque será um prejuízo muito grande. E nós não vamos cometer essa irresponsabilidade com o povo de Manaus”, declarou Eron.
Superada a decisão do nome do pré-candidato da federação, o grupo ainda tem um problema de complexa solução pela frente, que é atrair para o mesmo palanque PSOL, Rede, PDT, PSB e Solidariedade.
Nacionalmente, esses partidos compõem a base de apoio do governo Lula (PT), inclusive com ministérios. No entanto, no Amazonas, articulam alianças com palanques fora do espectro político progressista.
Um dos casos emblemáticos é o PSB, que está apoiando a pré-candidatura do presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas), Roberto Cidade, do União Brasil.
A candidatura de Cidade é uma construção do governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), que tem base eleitoral no bolsonarismo.
Para Marcelo Ramos, não tem sentido partidos como o PSB e o PDT apoiarem uma pré-candidatura ligada ao bolsonarismo de Manaus.
“Fazem parte do governo do presidente Lula, são partidos que, historicamente, são do campo progressista e democrático, e não podem estar em uma chapa que representa o bolsonarismo na cidade de Manaus. E não dá para ninguém ter dúvida de que a candidatura do governador representa o bolsonarismo na cidade de Manaus”, afirmou Marcelo Ramos.
