Sexta-feira, 12 Setembro

O União Brasil (UB) decidiu nesta quarta-feira (20) afastar o deputado federal Luciano Bivar (PE) da presidência do partido. A sigla está em crise desde que Bivar foi acusado de tramar para ficar no poder e não dar lugar a Antônio Rueda, eleito novo presidente.

Leia mais: Executiva do União Brasil pede expulsão de Luciano Bivar da presidência do partido

O mandato de Bivar só terminaria em maio, mas ele será afastado imediatamente. Rueda ganhou a eleição do próprio Bivar. Rueda acusa Bivar de mandar incendiar a casa dele e da irmã. Bivar nega.

Luciano Bivar, presidente afastado do União Brasil — Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo

A briga ganhou força após o incêndio nas duas casas de praia em Alagoas, e mexe com um dos maiores partidos do país em ano de eleição.

Entre as acusações contra Bivar estão:

  • ameaça de morte contra o vice-presidente Antônio Rueda e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos;
  • indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas de Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda, sua irmã;
  • violência política contra mulher;
  • validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido.

União Brasil condenado

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou ao União Brasil que devolva R$ 320.883,51 aos cofres públicos por uso irregular de Fundo Partidário.

Em fevereiro de 2022, o DEM e o PSL (Partido Social Liberal) se uniram para formar o União Brasil. As contas de 2018 do Diretório Nacional do DEM (Democratas) foram aprovadas com ressalvas pelos ministros, que entenderam que houve irregularidades no uso dos recursos. O montante a ser restituído deverá ocorrer com recursos próprios da agremiação. 

O processo começou a ser analisado na sessão eletrônica realizada de 8 a 15 de dezembro de 2023 e foi transferido ao plenário devido a um pedido de destaque feito pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Prevaleceu o voto do relator, ministro Ramos Tavares, que foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia e os ministros Dias Toffoli, Raul Araújo, Isabel Gallotti, Floriano de Azevedo Marques e Alexandre de Moraes (presidente). 

O caso apurava uma suposta irregularidade relativa a despesas do Instituto Tancredo Neves com a contratação de profissionais autônomos em assessoria de imprensa.