Durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi confrontado sobre a sua atuação no dia 8 de janeiro. O ministro rebateu as críticas dos parlamentares, principalmente as acusações de omissão e negligência.
O senador Espiridião Amim (PP-SC), apontou Dino como negligente nos alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em relação a invasão dos prédios públicos, em Brasília. Com isso, Dino rebateu que não recebeu informações da Abin, sobre o ocorrido.
“Eu não recebi mensagem da Abin, eu já demonstrei isso reiteradamente. Naquela ocasião, estavam pessoas da equipe anterior, porque, em 3, 4 dias de governo, só estavam nomeados no ministério eu, o secretário-executivo e mais a chefe de gabinete. Três pessoas. Todos os outros estavam na tramitação burocrática e, portanto, não eram pessoas por mim indicadas. E eu não recebi tais mensagens”, rebateu.
Amim ainda provocou o ministro em relação ao posicionamento da Força Nacional, que estava no estacionamento da pasta da Justiça no dia 8 de janeiro. Flávio Dino respondeu que o policiamento da Esplanada dos Ministérios seria de responsabilidade da Polícia Militar do Distrito Federal.
“Nenhuma força do Ministério da Justiça ou a mim subordinada estava naquele momento com esse dever legal. Eu, por cautela, convoquei a Força Nacional, coloquei-a à disposição do eminente governador [do DF, Ibaneis Rocha], nos termos do que o Supremo determinou, nos termos do que a lei determina. E eu tenho aqui o documento do então secretário de Segurança do Distrito Federal”, respondeu.