Janja resolveu admitir que cobra Lula sobre as decisões tomadas no governo. Apontada pela oposição e por aliados por se intrometer demais, ela disse à revista Ela que questiona o marido sobre medidas tomadas em Brasília, e ainda diz que precisar ter um gabinete em breve.
“Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que eu vou falar só de marca de batom”.
Janja chegou a ser acusada de tomar o lugar de Alckmin durante o período em que Lula ficou sem poder despachar fora do Planalto, por causa de uma cirurgia. “Vou continuar ao lado do presidente, porque acho que é esse o papel que tenho que desempenhar. Não é uma questão de ser eleita ou não. Existem ministros que concorreram e ganharam a eleição ao Senado ou à Câmara, mas a maioria não foi eleita e está lá. Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”.
Janja já foi alvo de deboche por parte de Michelle Bolsonaro, que disse não ser apenas uma figura decorativa.
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