Sábado, 26 Abril

Os vereadores aliados do prefeito David Almeida (Avante), se equivocaram e rejeitaram a proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) de 2024, que permitiria o aumento de 20% para 30% no percentual de crédito suplementar. Com 31 votos a 4, a proposta foi arquivada.

Durante a votação, os vereadores que concordavam com os pareceres da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças ao projeto da prefeitura, deveriam permanecerem com as mãos abaixadas.

Após a presidência anunciar a votação em discussão única, os parlamentares ergueram as mãos. O que resultou na rejeição do projeto.

Ao perceberem o “equívoco” os vereadores tentaram reverter o voto. Porém o presidente da CMM, o vereador Caio André, determinou a matéria como concluída. Dentre eles, o vereador Luis Mitoso (PTB), vice-líder do prefeito.

“Peço de Vossa Excelência o bom senso. Houve uma má compreensão por todos nós. Foi generalizado o entendimento desse plenário em relação à votação dessa matéria. É uma matéria importante, é uma matéria que foi levada ao Regime de Urgência, nós não podemos assim, por uma questão de um erro, assim, induzido, de repente por alguém, e nós não termos a possibilidade de tirar a dúvida no painel. O prejuízo não será para o vereador, será para a cidade”, argumentou Mitoso

Caio André rebateu. “Vereador [Mitoso], com o devido respeito que tenho, não só por Vossa Excelência, mas pelo plenário e pelo andamento dos trabalhos, nós iríamos, se acontecesse o que Vossa Excelência está sugerindo, abrir um precedente totalmente equivocado, aja vista que não há qualquer dúvida na votação e não foi suscitada a votação no painel. A esmagadora maioria dos vereadores levantaram a mão no momento da votação. Não tem o que se discutir, o projeto foi rejeitado. Não vamos voltar atrás”, respondeu o presidente do legislativo municipal.

O vereador da oposição, Rodrigo Guedes (Podemos), o primeiro a levantar a mão, concordou com a consolidação da proposta e que não havia o que ser discutido.

“Presidente (Caio André), o resultado está consolidado, está proclamado, não há o que se discutir. Se algum vereador quiser, tiver dúvidas, chame o VAR (sigla em inglês para árbitro assistente de vídeo), né. Podem assistir a sessão depois, inclusive, o vice-líder do prefeito, vereador Raulzinho, votou a fazer. Ele levantou a mão, eu olhei aqui. Então, não há o que se discutir. Está mais do que claro o resultado”, declarou.

Após o manifesto de outros vereadores para revogar a decisão, o presidente da Casa encerrou a sessão.

Veja o vídeo da votação: