Sofrimento, reclamação, falta de atendimento. Essa é a realidade do Hospital Coronel Mota, precariedade encontrada pela equipe de reportagem do programa Sem Mordaça, da Band/RR. Pacientes no sol, idosos, cadeirantes e amputados, que passam o dia na fila.
“Sou amputado, diabético, faço curativo há três anos. Todo mundo fica no sol quente. São cinco técnicas de enfermagem, mas duas ficam sem fazer nada, pois só tem três macas”, reclamou um dos pacientes.
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SEM ESTRUTURA
Além da falta de equipamentos básicos, os roraimenses são obrigados a ficar aglomerados em uma sala improvisada para fazer curativos. É que a sala para esse tipo de procedimento entrou em reforma de 45 dias, o prazo acabou, e a obra não foi entregue.
‘”As pessoas ficam sem poder fazer nada”, mostra um paciente, enquanto filma o improviso da Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau), comandada por Cecília Lorenzon. “É um fedor medonho”, compoleta.

Na reportagem um paciente que preferiu não ser identificado cobra o governador cassado Antônio Denarium pelo decaso, e lembra que Roraima não “vive só do agro”.
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Muitos diabéticos correm o risco de perder membros. “Só tem um médico para atender, de oito em oito dia”, diz um paciente, cadeirante, que chegou às 2h da madrugada para tentar ser atendido.

POVO COBRA DENARIUM, DIRETORA NÃO FALA
“É horrível”, diz a filha de um paciente na porta do hospital, único local do Estado que oferece esse tipo de atendimento em todo o estado de Roraima. É apenas uma médica para todos os pacientes.
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“Colocaram os pacientes numa sala improvisada. Governador Denarium, secretária de Saúde, olhem para esses pacientes”. Além do descaso com a Saúde pública, a direção também não quer dar explciações.
A direção do hospital, procurada pela reportagem, se recusou a falar.