Sexta-feira, 18 Abril

Direita e esquerda do Brasil transformaram a guerra entre Israel e Palestina em política. Petistas que assinaram uma nota em 2021 afirmando que “Resistência não é terrorismo!”, defendendo que o Grupo Hamas não é terrorista, estão sendo usados como exemplo de apoiadores do terror.

Nesta terça-feira, o presidente Lula manifestou repúdio aos ataques, após as mortes de dois brasileiros, mas dois ministros assinaram a defesa do Hamas em 2021, e Bolsonaro tentou associar a imagem de Lula e do PT ao grupo.

A polêmica nota contou com a assinatura do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e do ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, que então eram deputados. Padilha disse que o documenta, na época, buscava distensionar as relações internacionais, “em uma fase aguda da pandemia, que era ainda mais letal para populações mais vulneráveis, como as que vivem em áreas de conflito no Oriente Médio. Assinei esse documento, naquele contexto, porque aumentar o tensionamento com organizações da região tornaria ainda mais difícil garantir ações de cuidado pelos governos locais ou obter ajuda internacional para àquelas localidades, de modo a assegurar cuidados de saúde e água a milhões de inocentes que ali vivem. Em nenhuma hipótese essa decisão pode ser confundida com apoio a qualquer tipo de violência. Já deixei claro meu absoluto repúdio aos atos terroristas praticados nessa semana”, completou.

O QUE DIZ O PT

O Partido dos Trabalhadores (PT) defende em nota que é preciso criar dois Estados na região. “Só há um caminho para a paz na região, que é a garantia de dois Estados, um palestino e um israelense, o cumprimento dos acordos de Oslo, que completam 30 anos em 2023, e o cumprimento das Resoluções da ONU. Seguiremos perseguindo a paz e temos confiança no papel de que o Brasil poderá cumprir como mediador deste conflito histórico, situando-se à frente do Conselho de Segurança da ONU”, conclui.

LULA REPUDIA

Em nota de solidariedade, Lula disse que repudia os atos e lamenta as mortes dos brasileiros.

BOLSONARO DIZ QUE HAMAS APOIOU LULA

No sábado, após o início da guerra, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais dizer que o Hamas é apoiador do PT.