Segunda-feira, 10 Fevereiro

Em fevereiro, Fabrício de Sousa Almeida, sobrinho do governador Antonio Denarium (PP), foi alvo da Operação BAL da Polícia Federal (PF) que investiga lavagem de dinheiro de comércio de ouro ilegal. A irmã do governador também foi foco por possívelmente ter recebido pagamentos relacionados ao garimpo ilegal.

A reportagem do Norte Investigação expõe toda a operação criada pela família do governador Antonio Denarium. O sinal de alerta iniciou, quando Fabrício foi abordado em uma fiscalização, onde os policiais suspeitaram que o rapaz estaria retornando de uma negociação ou transporte de pedras preciosas. A confirmação veio por causa da placa do veículo que foi consultada.

“Os mesmos buscaram ludibriar a equipe de fiscalização relatando que não lembraram que teriam estado no dia anterior a abordagem na cidade de Porto Velho (RO) e sim, estariam desde o dia 19 de agosto”, consta no inquérito que cita a realização do mesmo percurso várias vezes durante o ano.

Em 2010, o sobrinho do governador foi preso em Rondônia com diamantes durante a operação da PF, e neste momento estava acompanhado de Valdemar Pereira Bastos, que é pai de Adecimar Pereira Bastos, empresário do ramo de diamantes, supostamente ligado ao Denarium.

No inquérito, mostra que Adelcimar e Kátia, sua esposa, residem na Fazenda J. Bastos, cujo proprietário é o governador Denarium. Na prestação de contas do político, também aparece a propriedade.

Durante a entrevista, Kátia negou conhecer Antonio Denarium, além do que a função como agente público. “Conheço ele porque é o governador, né?”, disse.

Outra pessoa próxima a Denarium e que também é suspeita, é a servidora Valdete Ribeiro da Silva, lotada na Secretaria de Saúde de Estado (Sesau), ela é a proprietária do veículo, onde o sobrinho do governador foi abordado pela polícia.

O veículo modelo Mitsubishi Triton custa mais de R$ 150 mil, enquanto Valdete recebe por mês cerca de R$ 2,1 mil, conforme o Portal da Transparência. Segundo investigação, ela é proprietária de outros veículos que somam mais de R$ 250 mil.

Veja a reportagem completa da Norte Investigação: