Em fevereiro, Fabrício de Sousa Almeida, sobrinho do governador Antonio Denarium (PP), foi alvo da Operação BAL da Polícia Federal (PF) que investiga lavagem de dinheiro de comércio de ouro ilegal. A irmã do governador também foi foco por possívelmente ter recebido pagamentos relacionados ao garimpo ilegal.
A reportagem do Norte Investigação expõe toda a operação criada pela família do governador Antonio Denarium. O sinal de alerta iniciou, quando Fabrício foi abordado em uma fiscalização, onde os policiais suspeitaram que o rapaz estaria retornando de uma negociação ou transporte de pedras preciosas. A confirmação veio por causa da placa do veículo que foi consultada.
“Os mesmos buscaram ludibriar a equipe de fiscalização relatando que não lembraram que teriam estado no dia anterior a abordagem na cidade de Porto Velho (RO) e sim, estariam desde o dia 19 de agosto”, consta no inquérito que cita a realização do mesmo percurso várias vezes durante o ano.
Em 2010, o sobrinho do governador foi preso em Rondônia com diamantes durante a operação da PF, e neste momento estava acompanhado de Valdemar Pereira Bastos, que é pai de Adecimar Pereira Bastos, empresário do ramo de diamantes, supostamente ligado ao Denarium.
No inquérito, mostra que Adelcimar e Kátia, sua esposa, residem na Fazenda J. Bastos, cujo proprietário é o governador Denarium. Na prestação de contas do político, também aparece a propriedade.
Durante a entrevista, Kátia negou conhecer Antonio Denarium, além do que a função como agente público. “Conheço ele porque é o governador, né?”, disse.
Outra pessoa próxima a Denarium e que também é suspeita, é a servidora Valdete Ribeiro da Silva, lotada na Secretaria de Saúde de Estado (Sesau), ela é a proprietária do veículo, onde o sobrinho do governador foi abordado pela polícia.
O veículo modelo Mitsubishi Triton custa mais de R$ 150 mil, enquanto Valdete recebe por mês cerca de R$ 2,1 mil, conforme o Portal da Transparência. Segundo investigação, ela é proprietária de outros veículos que somam mais de R$ 250 mil.
Veja a reportagem completa da Norte Investigação: