O governo de Wilson Lima sob suspeita de corrupção em ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem histórico de premiar os deslumbrados que logo se lambuzam com o mel dos desvios. Nomes de primeiro escalão sob a mira da Justiça é o legado que ficará dessa gestão. Quatro secretários presos em operações e outros que estão sob a lupa da Justiça, como é o caso do diretor-presidente da Empresa Amazonense de Turismo (Amazonastur), Sérgio Litaiff Filho, hoje sob inquérito da Polícia Civil e do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Bajulador
Conhecido por bajular empresários falidos, o cidadão foi agraciado no atual governo inicialmente com um cargo na Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), empresa pública vinculada à Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror).
Raposa no galinheiro
Sem considerar o amadorismo da indicação e a completa falta de qualificação, Litaiff Filho começou na ADS como uma raposa tomando conta do galinheiro. Logo após Wilson Lima assumir o governo o nomeou presidente da Comissão Interna de Licitação da ADS, onde todos os contratos passavam pelo seu crivo, atendendo os motivos nada republicanos do seu chefe, como bem sabe a Procuradoria Geral de Justiça (PGR).
Desrespeito
Sérgio Litaiff está sob o pente fino do TCE, que desde março apura irregularidades em serviços de consultoria contratados em plena crise da saúde na pandemia, pelo valor global de R$ 6,1 milhões. A denúncia apresentada pelo deputado estadual Wilker Barreto aponta que a iniciativa da Litaiff foi “uma ofensa a todos os órgãos de controle, bem como um total desrespeito para com a população amazonense, que deve ser priorizada com o direcionamento de todos os recursos possíveis para vacinação e prestação de serviços da saúde pública”.
Caso de polícia
A Delegacia Especializada em Combate à Corrupção chegou a pedir que o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) nomeasse um desembargador supervisor para acompanhar investigação sobre a violação ao Decreto 42.146 de 31 de março de 2020, sobre a publicação de ata de registro de preços de pregão presencial da ADS.
Corrupção
No pedido encaminhado ao TJAM, o delegado Guilherme Torres Ferreira cita que a gestão tem as digitais de Litaiff nas irregularidades. “Há indícios de autoria diante de todos os elementos apresentados, razão pela qual se mostra pertinente a investigação dos fatos tendo como suspeito o Secretário da ADS”, diz o texto do documento encaminhado ao Tribunal pela Delegacia Especializada em Combate à Corrupção.
Paraquedas
Wilson Lima premiou o aventureiro Litaiff mais uma uma vez. Sem nenhuma qualificação foi escolhido para exercer o mais importante e estratégico cargo para tocar o turismo, uma das atividades econômicas que deveriam ser prioridade do governo pela sua capacidade de geração de renda e emprego, além da conservação ambiental da Região Amazônica. O deslumbrado bajulador cai de paraquedas no cargo e desfila pelos eventos como se fossem passeios e não atividade promocional de um Estado que tem como vocação natural desenvolver o turismo de natureza.