Os gestores do interior do Amazonas continuam dando um show em como gastar os recursos públicos. Neste mês, os municípios de Santa Izabel do Rio Negro e Nova Olinda do Norte registraram ata de preços para serviços de manutenção predial que juntos, vão custar milhões de reais. O surpreendente é que sem descrever especificamente os serviços, a diferença entre os gastos é exorbitante, enquanto um vai gastar R$ 677 mil e o outro R$ 1,5 milhões. A publicação foi realizada no Diário Oficial dos Municípios do Amazonas (DOM-AM), no último dia 23 de julho.

Manutenção

A homologação publicada no DOM-AM, foi assinada pelo prefeito de Nova Olinda do Norte, Adenilson Lima Reis, que fechou um contrato milionário no município. O Pregão Presencial nº 039/2021 consagrou como vencedora a empresa Megacon Serviços de Construção Civil Ltda, no valor superior a R$ 1,52 milhão para “contratação de pessoa jurídica especializada para prestação de serviços continuados de manutenção e reparo de prédios públicos”. O documento não especifica os tipos de serviço a serem realizados ou o tempo de vigência do contrato.

Prédios

No mesmo Diário Oficial dos Municípios, o prefeito de Santa Izabel do Rio Negro, José Ribamar Fontes Beleza, também homologou um contrato para manutenção predial, mas em um favor bem abaixo que o município de Nova Olinda do Norte. O Contrato nº 030/2021 é com a empresa G. P. Ferreira Eireli, referente ao Pregão Presencial nº 022/2021, no valor de R$ 677 mil, pelo período de 6 meses para serviços de engenharia para “manutenção predial preventiva e corretiva de bens imóveis”. O serviço tem a vigência de seis meses e a dotação orçamentária é oriunda da Secretaria Municipal de Educação.

Diferença

Os dois prefeitos dos municípios assinaram contratos referente a manutenção predial, o que é necessário para o bom funcionamento público, mas a diferença entre os dois é de quase R$ 1 milhão. Quais são as manutenções prediais que serão realizadas no município de Santa Izabel do Rio Negro, distante 846 quilômetros de Manaus, que irá custar mais de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos?

Interior

Recentemente outro caso no interior do Estado ganhou repercussão na imprensa amazonense. No município de Pauini, os pais de alunos da rede municipal de ensino denunciaram a falta de itens de alimentação, onde as crianças estavam se alimentando apenas com arroz e ovo. Segundo relatos, em outras escolas havia somente bebida achocolatada e bolacha cream-cracker. “Nesta semana, sequer houve merenda para servir e alguns alunos não puderam ir às aulas por falta de transporte escolar”, disse a fonte. Os estudantes da Escola Municipal Dona Ivany, na zona rural do município, estão sem a condução escolar. O ônibus que faz o transporte está há seis meses sem funcionar. Alunos com deficiência e outros que residem em áreas distantes da escola estão sendo prejudicados por falta desse transporte.

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