O Governo do Amazonas emitiu na última semana, mais de R$ 1,5 milhões em pagamentos para o Instituto Rio Negro. O volume alto de recursos públicos destinado para a compra de canoa e água, desperta os olhares atentos, em meio a uma gestão que é investigada pela Polícia Federal (PF) por diversos crimes na saúde. A movimentação chega a relembrar o caso do Instituto Maus Caminhos, também investigado pela PF.

No último dia 7 de julho, o Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), emitiu duas Notas de Despesas em favor do Instituto, a primeira no valor de R$ 500 para tecnologia específica para a contínua filtragem e distribuição de água; a segunda no valor de R$ 1 milhão foi para aquisição de canoas, mas a nota não especifica a quantidade.

O Instituto Rio Negro foi criado para desenvolver a função de coadjuvante responsável, no auxílio aos atores principais do desenvolvimento regional. A sede está localizada na Avenida Cosme Ferreira, no Zumbi dos Palmares, na Zona Leste de Manaus.

O volume alto de recursos públicos destinado ao Instituto Rio Negro chama atenção de quem ainda lembra do escândalo de corrupção instalada por anos no Instituto Maus Caminhos, administrado pelo Governo do Amazonas na gestão de José Melo.

Na Operação Maus Caminhos em alusão ao nome do Instituto do setor da saúde pública, a PF descobriu um esquema de fraude, superfaturamento em contratos, pagamento de propina e organização criminosa envolvendo empresários, políticos e servidores, resultando na prisão do então governador, José Melo. Ainda não se tem um valor exato, mas estima-se que foram desviados entre R$ 300 a R$ 500 milhões da saúde.

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