Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari condenado a mais de 11 anos de prisão por exploração sexual de crianças e adolescentes pediu revisão criminal do processo. A defesa do político questiona a imparcialidade do relator do processo à época, o então desembargador Rafael de Araújo Romano, e alega que o magistrado aposentado foi posteriormente condenado por abuso sexual da própria neta.

O pedido chegou a pauta de julgamento virtual do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) no dia 12 de agosto. O relator do caso será o desembargador Abraham Peixoto Campos Filho.

Os fatos relativos ao abuso cometido pelo juiz começaram em 2009, motivo pelo qual a defesa de Adail pediu a suspeição e, consequentemente, a anulação de todos os atos praticados por ele no processo contra o ex-prefeito.

Entenda o caso

Adail foi condenado em novembro de 2014. Ele era acusado de favorecimento à prostituição, além de improbidade administrativa. A ação de pedofilia foi resultado de uma denúncia feita pelo Ministério Público em 2009, após investigação feita pela Polícia Federal (PF).

No entanto, o ex-prefeito foi contemplado pelo indulto natalino do presidente Michel Temer, em 2016, e teve extinção da pena. Na época, o Tribunal de Justiça, com base no parecer favorável do Ministério Público do Amazonas, concluiu que o ex-político se enquadrava nos requisitos do perdão presidencial. Mais tarde, o próprio tribunal suspendeu o benefício de Adail.

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