A juíza Patrícia Macêdo de Campos, da 8ª Vara Criminal de Manaus, reclamou em despacho assinado nesta segunda-feira (9) sobre o “tumulto processual” gerado na ação penal contra o ex-governador José Melo na Operação Maus Caminhos em razão da inclusão de documentos de outros 12 processos originados de desdobramentos da investigação.
De acordo com a magistrada, tratam-se de processos com causa e partes distintas. Pelo erro, o número de páginas do processo saltou de 6 mil laudas para 40 mil. “Curiosamente, juntou-se aos presentes autos diversas ações penais distintas da presente, (…), acompanhadas dos autos físicos em cartório, as quais versam, em suma, sobre delitos apurados nos diversos desdobramentos da chamada Operação Maus Caminhos”, disse.
Em razão da denúncia contra Melo estar tramitando no âmbito estadual desde março deste ano, 12 processos da operação chegaram na Justiça estadual integrando o processo contra o ex-governador, mas deveriam estar tramitando de forma independente, não reunidos.
Após verificar que se tratava da inclusão de documentos que não pertenciam à denúncia contra Melo, mas a outros réus na ‘Maus Caminhos, a juíza mandou devolver os autos para correção.
Entre os documentos incluídos na ação penal contra o ex-governador estão laudas que pertencem a ações penais contra o ex-deputado estadual Lino Chíxaro, o médico Mouhamad Moustafá e a advogada Priscila Coutinho. Esses processos foram remetidos para a Justiça estadual pela juíza Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amazonas.
Fonte: Amazonas Atual