A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal de Boa Vista para investigar contratos firmados de 2013 a 2020 entre a Prefeitura de Boa Vista e a empresa Sanepav completa 45 dias de suspensão nesta sexta-feira (5), e aguarda decisão judicial que autorize ou não o órgão investigar os contratos firmados de 2013 a 2020 entre a Prefeitura e a empresa Sanepav.

A comissão foi criada no dia 18 de maio, mas no dia 7 de junho, uma decisão do juiz Luiz Fernando Mallet, da 2ª Turma da Câmara Cível, proibiu a CPI de pedir documentos e contratos do período da gestão da ex-prefeita Teresa Surita, em resposta ao recurso da Prefeitura contra decisão parcial que tinha permitido o encaminhamento de informações à CPI.

Com isso, no dia 22 de junho, o presidente da comissão, vereador Ítalo Otávio (Republicanos), pediu a suspensão dos trabalhos, e o requerimento foi aprovado por unanimidade. A Prefeitura chegou a alegar na Justiça que a CPI instaurada na legislatura atual não teria competência para devassar contas passadas, de gestões anteriores, ultrapassando os limites do poder de controle e fiscalização.

No dia 5 de julho, a Câmara Municipal pediu uma Suspensão de Segurança no Supremo Tribunal Federal e no dia seguinte, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, intimou a Prefeitura a se manifestar sobre a decisão de Mallet.

Em resposta, o Executivo municipal, no dia 20 de julho, pediu a extinção do pedido e contra-argumentou, com base no artigo 52 do Regimento Interno do Câmara, de que a CPI não chegou a um relatório conclusivo, mesmo com o fornecimento dos documentos da atual gestão, não cumprindo a comissão o seu papel fiscalizatório, e que o prazo de duração da comissão não deveria ser suspenso durante o recesso parlamentar.

O presidente da CPI diz aguardar manifestação do Tribunal de Justiça de Roraima e do STF e acredita que, só com a entrega dos documentos referentes aos contratos entre Prefeitura e a Sanepav, a comissão poderá trabalhar.

Fonte: Folha BV 

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