O servidor público do município de Manacapuru (distante 70 quilômetros de Manaus), Jackson Azevedo, foi exonerado do cargo de gestor escolar nesta segunda-feira, (19). A exoneração ocorreu porque o servidor barrou a entrada do vereador Gerson D’Ângelo (Pros-AM), no dia 25 de maio, em uma escola do município por recusar usar máscara. O auditório do local estava sendo usado para as sessões da Câmara Municipal temporariamente devido o alagamento da Câmara Municipal da cidade por conta da cheia do Rio Negro.
O ex-gestor postou um vídeo em sua rede social comunicando o desligamento do cargo e agradecendo pelo apoio que recebeu. “[…] foram oito anos que eu tive o prazer de compartilhar com esses profissionais e essa comunidade maravilhosa esse sucesso que a escola conseguiu, que é fruto de um trabalho coletivo […] continuem defendendo a verdadeira educação e a verdadeira política que a cerca, a política pela cidadania e não a política partidária, que através da música, da dança, da poesia e do canto se tire as crianças das drogas e tragam elas para a cidadania, que ocupe a cabeça dos jovens. É essa educação que nós temos que defender”, diz o professor.
No dia em que o vereador foi impedido de entrar na escola, após xingar e se irritar com os funcionários, ainda conseguiu entrar sem o equipamento de proteção, item utilizado para evitar a disseminação do vírus da Covid-19. Ele é irmão do prefeito de Manacapuru Beto D’Ângelo, de quem pediu a exoneração do servidor Jackson.
Justiça recorreu
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) entrou com ação civil pública na 1ª Vara da Comarca de Manacapuru para pedir o retorno de Jackson ao cargo de gestor da escola em que atuava. O juiz David Nicollas Vieira Lins concedeu liminar sobre o pedido, devolvendo ao gestor o cargo. Ele estipulou ainda multa pessoal de R$ 10 mil, por dia de descumprimento caso Jackson fosse afastado do cargo.
Fonte: EM TEMPO