O hospital Nilton Lins, unidade de referência no tratamento da Covid-19, aberta em janeiro de 2021 pelo governo do Amazonas durante o pico da segunda onda da pandemia terá as atividades encerradas – ainda que a Covid-19 não tenha acabado no estado, e com a confirmação do aumento das infecções em Manaus. 

Um emissário da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) comunicou aos funcionários do hospital na última sexta-feira (16/07) sobre o fechamento da unidade, rompimento dos contratos de trabalho e as transferências dos pacientes.

Na última quarta-feira (14), o epidemiologista da Fiocruz Amazônia Jesem Orellana divulgou novo alerta epidemiológico destacando a retomada da segunda onda da COVID-19 em Manaus. Em Manaus, foi registrado um aumento de ocupação de 15,5 %, na ocupação semanal média de leitos de UTI devido a Covid-19, em Manaus, no período entre os dias 21 de junho e 09 de julho.

O cientista revela que a pandemia do novo coronavírus já alcança risco semelhante ao do 1º pico da segunda onda – indicadores entre final de setembro e início de outubro. 

“É inaceitável vermos o recrudescimento da segunda onda, em franco processo de vacinação. Ademais, muitos acreditam que a vacina sozinha faz milagre e que já podem começar a ‘voltar ao normal’. Novamente, estou dando conhecimento aos órgãos de controle, bem como aos membros da CPI da Covid, por exemplo”, disse o cientista.

Na segunda (19), a partir das 7h, trabalhadores em saúde vão realizar manifestação contra o fechamento do Hospital Nilton Lins na SES, bairro Aleixo, zona centro-sul.

Fonte: 18 horas

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