Nesta terça-feira (13), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), os deputados estaduais da base de apoio do governador Wilson Lima (PSC) ficaram em silêncio, sobre o esquema de corrupção na cúpula da segurança pública e não comentaram sobre a prisão do ex-secretário de Inteligência, delegado Samir Freire, na última sexta-feira (9), durante deflagração da Operação Garimpo Urbano, conduzida pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) com apoio da Polícia Federal.  

As investigações apontam que 60 kg de ouro foram roubados com uso de extorsão a garimpeiros, causando um prejuízo que equivale R$ 18 milhões. Segundo o MPAM, o secretário da Seai, e outros servidores da Secretaria Adjunta de Inteligência (SEAI) são acusados de envolvimento na subtração de ouro, mediante graves ameaças aos transportadores de ouro.

O deputado de oposição ao governo de Wilson Lima, Wilker Barreto, se posicionou na sessão indicando o convite para que o procurador-geral de Justiça, Alberto Nascimento, faça esclarecimentos à ALE-AM sobre o Guardião, equipamento de interceptação telefônica usado em investigações. A suspeita é que o equipamento do Governo do Amazonas esteja sendo utilizado para escutas ilegais nos telefones dos parlamentares.

“Presidente, eu quero pedir a vossa excelência que possamos em caráter de urgência visitar ou convidar o procurador-geral de justiça para que possamos ter informações céleres porque eu não tenho dúvidas que este governo, de organização criminosa, tem coragem de investigar deputado sem autorização judicial. O aparato de inteligência pública do Estado estava sendo usada para o crime. Ou seja, pudor zero. As denúncias que não chegaram época materializam-se a forma, agora, como foi a operação do Gaeco e da Polícia Federal”, disse Barreto.

Na sexta passada, o promotor de Justiça Armando Gurgel, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Amazonas (GAECO-AM)  disse que em algumas ocorrências houve a “participação clara e efetiva da estrutura e de agentes da Seai (Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência), e o titular de lá tinha conhecimento das ocorrências que aconteciam”.

Fonte: 18horas

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