Quinta-feira, 11 Setembro

Representantes das mais de 2 mil famílias retiradas do Monte Horebe, na Zona Norte de Manaus, procuraram o Portal Alex Braga para reclamar que foram esquecidos pelo governador Wilson Lima, e, até hoje, esperam uma solução definitiva de moradia, conforme o governador prometeu em 2020, quando fez propaganda de que estava solucionando o problema sem solução até hoje, quase cinco anos depois.

A presidente da associação criada pelos moradores, Tereza Cristina Mota de Araújo, conta que algumas pessoas até já faleceram sem ter o que o governo Wilson Lima prometeu oferecer: uma casa digna.

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“Misericórdia ele é um monstro ter feito o que fez”, afirma a diarista, que hoje mora numa família de 8 pessoas com aluguel social de R$ 600.

Na época, o Governo do Amazonas, por meio da Superintendência Estadual de Habitação (Suhab), anunciou que o auxílio era apenas uma medida temporária. De lá para cá, nem o Prosamin e nem o Programa Amazonas Meu Lar, vendido por Wilson como soluções de moradia, chegou à vida dessas famílias.

PARCEIRO DE WILSON LIMA DIZ SER DONO DO MONTE HOREBE

Apesar de ser uma área humilde, o dono da construtora Etan, o empresário Eladio Messias Cameli, pai do governador do Acre, Gladson Cameli,  que fatura milhões em contratos no governo Wilson Lima, reivindica na Justiça ser o dono do Monte Horebe.

Após a retirada dos moradores ele entrou com ação na Justiça, na 9ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho, reivindicando mais R$ 400 mil.

No processo, Cameli pede a desocupação de área territorial de 250.000 m² conhecida como “Cruel”.

Empresário que tem contratos milionários com governo Wilson Lima é pai de governador do Acre e diz que é dono do Monte Horebe

O empresário afirma que comprou o terreno em janeiro de 2008, e, no mês de setembro de 2018, “constatou o início da violação às suas demarcações e a presença de estranhos em suas terras, em patente prática de esbulho”.

IMPASSE DA DEFENSORIA PÚBLICA

Além de reclamarem do Governo do Amazonas, as famílias afirmam que não são atendidas pelo Defensoria Pública, desde que foram retiradas. No começo deste ano a DPE, por ,meio da Defensoria Especializada em Interesses Coletivos (DPEIC), disse que discute com o Governo do Amazonas uma solução.

Mas Cristina diz o contrário. “A Defensoria joga para o Governo e o Governo para a Defensoria”. Ela afirma ainda que há famílias que perderam direito ao auxílio aluguel.

“Disseram que a Defensoria ficou à espera de quem não teve acesso ao cadastro mais isso é inverdade, porque teve a pandemia e a Defensoria fechou e pelo Telegram eles, dão a mesma justificativa, que assim que possível, retornaria o atendimento, e isso não acontece”.

SEM RESPOSTA

Nossa equipe pediu nota do Governo do Amazonas, mas até agora não obteve resposta.

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