O governador cassado, Antônio Denarium, afirmou na última sexta-feira (12), em um vídeo gravado no Palácio Hélio Campos, que a folha de pagamento do Estado era de R$ 120 milhões em 2019 quando ele assumiu o Governo. E que agora a folha está em R$ 208 milhões.

É importante lembrar que durante as eleições de 2018, a promessa do então candidato era de reduzir cargos comissionados e secretarias no Governo de Roraima. A ideia para conquistar os eleitores era acabar com a dependência de contracheque e criar novas oportunidades para a população.

Mas, Denarium quebrou a promessa e criou 1.500 comissionados nas eleições de 2022. Como consequência, as tais novas oportunidades para o desenvimento de Roraima e da população seguiram na contramão da sequencia de gastos milionários em favor de ‘parceiros’, suspeitas de fraude e corrupção no Governo.

Em outubro de 2023, O Ministério Público de Roraima (MPRR) recomendou ao governador que exonerasse cargos comissionados após a gestão ultrapassar o limite de despesas com pessoal. O documento foi publicado no Diário Eletrônico do órgão no dia 16 de outubro.

O documento destaca que no segundo quadrimestre de 2023, a despesa total com pessoal alcançou 51,61%, quando o limite máximo definido pela Lei de Responsabilidade é de 49%. Ou seja, os gastos ultrapassaram 2,61% do limite.

A desenfreada criação de cargos comissionados acabou como efeito ‘ladeira abaixo na economia’. Com saldo negativo, a saída foi pedir um empréstimo de R$ 805,7 milhões. Para tanto, um decreto de contenção de gastos precisou ser criado para conseguir a aprovação do Tesouro Nacional.

O feitiço acabou virando contra o feitceiro. O ajuste fiscal agora impede os servidores de receber promoções e reajustes até que o empréstimo caia na conta do Governo. Para quem buscava criar novas oportunidades para trabalhadores, o tiro saiu pela culatra.

“Estelionatário eleitoral”, bradou a Associação dos Policiais e Bombeiros Militares de Roraima (APBM-RR), para cobrar a promoção militares prometida pelo governador.

Outros protesto pacíficos são mobilizados pelos servidores, a maioria acreditou naquela promessa da eleição de 2018.

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