O prefeito de Parintins foi notificado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), após promover um reajuste na tarifa de água da cidade, famosa por fornecer líquido contaminado nas torneiras dos moradores. Bi Garcia terá de explicar.
O reajuste de 4,51% na tarifa foi alvo de debate na Assembleia Legislativa do Amazonas, e na Câmara Municipal de Parintins, onde a vereadora Brena Dianná levou o assunto ao Plenário.
O TCE abriu o processo de representação para investigar um suposto abuso. O prefeito ainda não se manifestou. O espaço está aberto para o posicionamento dele.
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“Nos causa muita estranheza o reajuste, levando em consideração que a SAAE distribui água contaminada aos cidadãos de Parintins. Dos 26 poços tubulares que atendem ao município, 22 estão contaminados, com água imprópria para o consumo humano”, diz o deputado Sinésio Campos.
Água contaminada e tarifa alta
A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) recebeu do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) autorização para implantação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) em Parintins.
Atualmente o abastecimento de água no município é feito pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).
Contudo, uma análise sobre a qualidade da água nos 28 poços que alimentam a cidade mostra que 78% deles estão contaminados.
Por exemplo, relatórios da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) e da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) identificaram problema de contaminação de 22 poços.
Dessa forma, a iniciativa da UGPE considera os relatórios técnicos sobre o abastecimento de água em Parintins e vai assumir o serviço.
Portanto, a licença de instalação do SAA foi anunciada pelo coordenador executivo da UGPE, Marcellus José Barroso Campelo.