PL que instituía a implementação do Botão do Pânico em ônibus de Manaus teve veto mantido pela maioria dos vereadores, mesmo após ter sido aprovado na Casa anteriormente.
O veto ao Projeto de Lei 262/2021, que obrigava a implementação do Botão do Pânico no transporte coletivo em Manaus, foi mantido, na manhã dessa segunda-feira (28), pela Câmara Municipal de Manaus. Autor do PL, a vereador Lissandro Breval (Avante) foi contra a decisão e disse que não “carrega o sangue de usuários do transporte coletivo” nas mãos.
“O sangue de quem usa o transporte coletivo em Manaus eu não carrego nas minhas mãos. Absurda a manutenção do veto por essa Casa, mesmo após tantas discussões, depois de passar por todas as comissões e ser aprovado aqui, com defesa de todos. A população perde e seguirá a mercê de bandidos que agem diariamente nas linhas de ônibus sem qualquer ambiente legal que iniba essas ações criminosas” , contestou o parlamentar.
Para Breval, manter o veto é perder enorme oportunidade de dar um direcionamento para o fim de um problema gravíssimo do transporte público em Manaus .”Não adianta ter câmeras em ônibus se não tivermos tecnologia aplicada e conectada à uma central de controle. Lamento muito por tal decisão da Casa. Só quem perde é a população”, continuou.
Durante defesa pela derrubada do veto, Lissandro citou cidades que já utilizam o dispositivo com resultados positivos – caso de Goiânia e Mogi Mirim – e leu, ainda, nota do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), que defendia a iniciativa.
“A CCJ do Senado já aprovou. Cidades pelo Brasil já utilizam. O próprio IMMU emitiu nota apoiando e elogiando o Botão do Pânico. Por que a Casa vai contra? Esse erro eu não carrego comigo”, concluiu.