Quinta-feira, 11 Setembro

Precedentes do mau uso da verba pública durante o período eleitoral levaram Denarium para um caminho sem volta da cassação. Distribuição de cestas básicas, gastos e pagamento milionários, e até a investigação da Polícia Federal fazem parte do roteiro da sua corrida eleitoral.  

Às vésperas da corrida eleitoral, Denarium recriou o programa Cesta da Família e turbinou o número de beneficiários, saindo de 10 mil para 50 mil inscritos. Em 2020 as despesas do governo com cestas básicas custavam cerca de R$2,5 milhões. Em 2021, o valor saltou para R$48 milhões.

A pandemia da Covid-19 e a migração venezuelana viraram ‘costa larga’ para tentar justificar as despesas do governo, mesmo com um saldo orçamentário de R$ 54,8 milhões em recursos emergenciais não utilizados durante o pico da pandemia.

Sem gastar quase nada na crise sanitária, as torneiras do governo se abriram em 2021, ano que antecedeu a eleição para governador, e despejaram verba disfarçadas em sorteios nos showmícios que se justificam em “prestação e contas”. O povo nunca ganhou tanta bicicleta e motos como prêmio.

No período eleitoral, a campanha de Denarium renderia um longa-metragem por tantos casos envolvendo diversos personagens em situações fora do comum.

Primeiro episódio: Policiais em cena

Denúncias apontaram que o governador usou a Polícia Militar para intimidar monitorar e adversários, o que ocasionou em uma operação da Polícia Federal que investigou a ação de policiais civis e militares em um suposto esquema de compra de votos.

Um dos PMs suspeitos, fazia a segurança do operador financeiro da candidatura de Denarium durante a campanha eleitoral.

Segundo episódio: Ato governamental

Há menos de 100 dias paras as eleições, um ato governamental reapassou R$70 milhões em recursos extras para 12 municípios do interior e R$ 105 milhões em contratos para realizar serviços na capital e mais 15 municípios.

Terceiro episódio: Indenização do Totozão

Teve ainda o ‘pagamento amigável’ da desapropriação do terreno do Ginásio do Totozão no valor de R$22,6 milhões do montante de R$ 45,6 milhões da indenização. A Justiça chegou a mandar estornar o pagamento, mas o valor não estava mais na conta e acabou no “não se fala mais nisso”.

Cassado, Denarium segue os passos de outros políticos no Estado. O atual chefe da Casa Civil de Denarium, Flamarion Portela, quando foi governador em 2004, teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder econômico.

Em 2011, o então governador Anchieta Junior foi cassado duas vezes pela distribuição de camisas e pagamento de cabos eleitorais com dinheiro vivo que circulavam em carros fortes pela cidade.

Um novo cenário político se formará daqui em diante, por enquanto, o destino de Roraima segue na mão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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