Faltam poucos dias para completar dez meses da tragédia que parou Manaus: a crise do oxigênio. A pandemia de Covid-19 colapsou o sistema já enfraquecido da saúde pública e em pouco tempo, os recursos acabaram, afetando toda a população.

No início de janeiro, Manaus já vivenciava o aumento exponencial de novos casos de Covid-19, iniciando a superlotação das unidades de saúde e consequentemente, a escassez de insumos para o combate ao vírus.

No dia 14 de janeiro, aconteceu a tragédia nos hospitais da falta de oxigênio para pacientes internados com Covid-19 e contra outras enfermidades. Foram dezenas de mortes registradas. O insumo acabou no interior também, afetando diversas unidades.

O momento ficará marcado para sempre na memória dos amazonenses. Foi uma corrida contra o tempo para ‘conseguir’ oxigênio. Filas e filas de pessoas com cilindros para abastecer. Doações de artistas. Compaixão e mais contaminação. Manaus estava colapsada!

Com a onda do desespero após a crise, o Ministério Público Federal iniciou investigação para buscar os responsáveis pela falta do insumo e também, das mortes.

No Senado Federal, foi instaurada a CPI da Covid para analisar a responsabilidade das ações dos governadores durante a pandemia. Os senadores entrevistaram várias pessoas que estiveram envolvidas nas decisões durante os processos no Amazonas.

Recentemente, o relatório final da CPI da Covid foi entregue pelo relator, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Na última terça-feira (26), o relatório final foi aprovado, com o indiciamento de duas empresas e 78 pessoas, entre as quais o presidente Jair Bolsonaro.

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