O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, esteve no Grupo Diário de Comunicação (GDC) para comentar sobre o cenário político nacional e estadual. Além de ter assumido o Executivo Municipal, Arthur já foi ministro, senador e deputado federal, tendo uma vasta experiência na gestão pública. O político foi convidado pelo presidente do partido para concorrer as prévias do PSDB para ser candidato à presidente da república. Além de comentar sobre a proposta para o voto impresso que tramita em Brasília, Arthur opinou sobre a gestão do atual Governo do Amazonas e a conduta do presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz.

Voto impresso

Tramitando na Câmara dos Deputados, a votação da Proposta de Emenda à Constituição 135/19 que torna obrigatório o voto impresso, será votado nesta terça-feira. Na última sexta-feira (6), a proposta foi rejeitada por 22 votos contra 11. O presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu colocar a proposta em votação pelo plenário novamente. Segundo o ex-prefeito, Arthur Neto, a proposta é absurda. “Cheguei a pensar que fosse fake news. O voto eletrônico, utilizando a digital, é o maior sistema anti-fralde que se pode imaginar. A digital mostra se é ou não a pessoa”, comentou.

Oxigênio

Antes de acabar o mandato de prefeito no início da pandemia, Arthur informou que preparou o município deixando uma reserva de oxigênio e comentou sobre a atual gestão do Governo do Amazonas. “A gestão estadual se escorava no dinheiro federal para sobreviver, mal e porcamente como diz o nosso povo. A gestão estadual foi deplorável, lamentável e também socorrida pelo Governo Federal. Se eu faço toda essa carga contra ao instinto antidemocrático que eu percebo do presidente, eu devo reconhecer que ele colocou bastante dinheiro para salvar. O governador alegou que avisou mas o Governo Federal disse que não avisou. Não tinha que avisar nada, o governador tinha que ter tido juízo e colocado aqui, bastante reserva de oxigênio”, explicou.

CPI

Arthur comentou sobre as atitudes do senador Omar Aziz. “Nós temos um presidente da CPI da Pandemia que foi acusado de pertencer a uma organização criminosa que surrupiou R$ 260 milhões da saúde do Amazonas, isso é um absurdo. Uma pessoa dessa poderia estar em qualquer lugar, no circo, rezando em uma igreja, só não podia estar falando sobre desvio de recurso da Covid”, disse.

Malandro

O senador Omar Aziz é apoiador do atual Governo do Amazonas. “Ele avisa, Wilson, eu vou te criticar, fica tudo em casa, estamos juntos, é aquela coisa do enganador profissional. Mas, qual é a fala do senador enquanto as pessoas estavam morrendo sem oxigênio? Eu protestei, outros protestaram, o que ele fez como senador? Essas coisas precisam ficar claras. Ele estava calado diante de tudo que acontecia durante a pandemia”, ressaltou Arthur.

Vandalismo

Sobre a cena de terrorismo vivida no início do ano, Arthur comentou que o crime organizado parou com os ataques porque quiseram e não por medo do Governo. “A organização fez uma carta dizendo que se sentiu roubada pelo chefe de segurança do Estado, e falaram que iam fazer de novo se o secretário de segurança não fosse demitido. O que aconteceu? Ele foi demitido”, desabafou.

Share.